domingo, 18 de janeiro de 2009

Beleza está nos olhos de quem vê

Gostaria de registrar aqui, sobre um grave problema social, que tenho percebido, estudado e
porque não, vivenciado.

Esse problema, pode ser chamado de "INCANSÁVEL BUSCA PELA BELEZA".


Aparetemente, vivemos na era do respeito pelos direitos humanos; porém, desconhecemos o teatro de nossa mente, e não percebemos que jamais esses direitos fotam tão violados nas sociedades democráticas.

Achou bobagem?
Pior que não é.

Dê uma rápida analisada ao seu redor, e perceba como todos estão sempre precoupados com sua aparência; uns com seus cabelos, outros com seu peso, outros com suas unhas, outros com sua pele, outros com suas feições, e por aí vai. Uma descontentação geral e infinita.

A influência da mídia e a preocupação em corresponder aos inatingíveis padrões de beleza apresentados, tornou-se uma forma de escravidão e opressão contra nós mulheres, contra homens, adolescentes e até crianças.


Nós, mulheres, buscamos e lutamos tanto pela independência feminina, e agora, novamente, nos tornamos escravas. Estúpidas escravas. Escravas massacradas pelo doentio padrão de beleza.


Essa ditadura oprime e destrói nossa auto-estima.






Dados mostram que 600 milhões de mulheres, são escravas dessa masmorra psíquica.


É a maior tirania de todos os tempos e uma das mais devastadoras da saúde psíquica.


A auto-estima é asfixiada, o prazer de viver é assassinado, e o simples ato de olhar-se no espelho, tornou-se uma guerra. Uma verdadeira auto-rejeição.

A TV, as revistas, o cinema, os comerciais, produziram uma sociedade de consumo impensável e inumano, que usa o corpo da mulher, e não a sua inteligência, para divulgar seus produtos e serviços.


Esse sistema não tem por objetivo produzir pessoas resolvidas, saudáveis e felizes, mas sim pessoas instatisfeitas consigo mesmas, pois quanto mais ansiosas, mais consumistas nos tornamos.

Crianças e adolescentes também são vítimas dessa ditadura.

Com vergonha da sua imagem, angustiados, consomem cada vez mais produtos em busca de fagulhas superficiais de prazer.

Estamos destruindo nossa auto-estima e nossa saúde física e mental.

Auto-estima é um estado de espírito, um oásis que deve ser procurado no território da emoção.

Em breve encerraremos nossa vida no pequeno parênteses do tempo que nos cabe.
Que tipo de marcas transformadoras vamos deixar neste mundo?

Ao menos precisamos deixar um vestígio que que não fomos escravos do sistema social; de que vivemos um existência digna e saudável, lutando contra uma sociedade que se tornou uma fábrica de pessoas doentes e insatisfeitas.

Cada um de nós, devemos ter um caso de amor conosco mesmos. Um romance com a própria vida.
Vamos tentar não nos compararmos a ninguém, pois cada um de nós é um personagem especial no teatro da vida, com uma beleza física e psíquica particular e única...